... apresentado por ...

O primeiro ritual católico é chamado de batismo, mas não são somente os pais que são 'encarregados' de apresentar a criança, pelo menos em tempos idos. Consequentemente, quando ao pesquisar a nossa genealogia, encontrámos um registo que indica que a criança foi "apresentada por", não significa necessariamente que essa pessoa seja o pai ou a mãe dessa mesma criança.

Mas também não quer dizer que se tratava de crianças expostas. Nestas circunstâncias, aplica-se o ditado "cada caso é um caso". Muito possivelmente nasciam em situações que não eram socialmente aceites. Podiam ser filhos de pais casados mas não um com o outro, pais de estrato social diferente, de mulheres com o marido ausente por mais tempo que a gravidez necessita, entre outras.

Penso não ser preciso muita imaginação para presumir que uma mulher a sentir que o parto está próximo, se deslocasse a outra freguesia e fosse então desconhecida da parteira. Lembro-me de há muito ler um batismo em que a parteira apresentou a criança dizendo que a mãe desapareceu da sua casa após o parto, não sabia o nome ou naturalidade da mãe pois esta nunca o disse e não fazia ideia quem seria o pai da criança. Verdade ou mentira, só as pessoas envolvidas o sabem.


Nos casos abaixo, temos parteiras a apresentar a criança ao padre, filhos de pais desconhecidos, para se realizar o batismo.





E às vezes, eram as mulheres de recados que tinham esse papel, talvez por serem consideradas capazes de desempenhar o que lhes era pedido com descrição.


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