O Público foi à Roda do Porto

Recentemente, o jornal Público deu a conhecer melhor a Roda do Porto. Um texto de Abel Coentrão, de 12 de Outubro de 2014, no Jornal Público, narra o projecto de tratamento e digitalização de milhares de documentos da Casa da Roda do Porto, levado a cabo pelo Arquivo Distrital do Porto.

O artigo conta também a história de Guilherme, que ilustra a história de muitas outras crianças deixadas na roda. O pequeno Guilherme, envolto em trapos de linho, foi deixado na roda em 1826. Trazia ainda umas modestas folhas de salsa como sinal que de alguma forma chegaram aos nossos dias no meio de papel e esquecidas com o tempo. 

Por norma, o sinal deixado era um objecto que servia para mais tarde se distinguir a criança abandonada das outras crianças também enjeitadas na roda, ou seja, uma forma de assegurar a identificação da criança abandonada por quem no futuro o procurasse. 

Muitas outras crianças foram também abandonadas na mesma roda, ora com sinais ora com bilhetes com pequenas mensagens, às vezes o nome, às vezes uma explicação, outras vezes uma súplica para que cuidassem bem da criança pois um dia iriam procurá-la. 

O projecto acima referido abrangeu 22.449 documentos em papel e cerca de 500 sinais, o que equivale a aproximadamente 23% da coleção intitulada "Partes da Directora". A documentação da Casa da Roda do Porto podem ser consultados presencialmente ou então através do site do arquivo. 

Siga o link para ter acesso ao artigo https://www.publico.pt/local/noticia/guilherme-foi-abandonado-na-roda-mas-a-sua-historia-chegou-ate-nos-com-um-ramo-de-salsa-1672549

foto por: Fernando Veludo/NFactos, in Publico 12.10.2014

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