Meta para 2008!

Feliz Ano Novo! 2008 chegou e temos à nossa frente novas oportunidades.



Proponho que durante este ano o desafio seja passar a conhecer melhor os registos disponíveis na zonas do país onde faz pesquisas. E porquê? 

Um dos maiores desafios quando começamos a pesquisa é saber onde procurar os registos dos nossos antepassados. E cada país, cada região, e até mesmo os concelhos pode ter disponibilizado tipos diferentes de registos, em diferentes arquivos e instituições. Por exemplo, no Arquivo Distrital do Porto estão depositados além dos paroquiais, muitos outros tipos de registos como os judiciais, testamentos, etc, mas também tenho outros testamentos para pesquisar se me dirigir ao Arquivo Municipal do Porto, vulgo Casa do Infante, na parte histórica da cidade. Se eu precisar de consultar jornais antigos da cidade do Porto, terei de pesquisar presencialmente na Biblioteca Municipal do Porto e até mesmo fora da cidade do Porto, do outro lado do rio Douro, no Arquivo Municipal de Gaia.

Torna-se então relevante conhecer o que existe e onde esses registos estão guardados. Há situações em que entender que registos estão disponíveis para a área geográfica que nos interessa pode ser a chave para ultrapassar impasses e abrir a porta para novas descobertas, além de evitar frustrações e tempo perdido.

Alguns pontos a considerar:

  • Tipos de registos - enquanto alguns países têm registos civis detalhados desde cerca de 1830, outros países podem depender exclusivamente de registos paroquiais até ao início de 1900 para identificar os seus cidadãos e consequentemente para efeitos legais, tal como em Portugal. Conhecer as fontes disponíveis pode ainda evitar a perda de tempo à procura de documentos que talvez nunca tenham sido criados, ou no local errado.
  • Mudanças nos limites e divisões administrativas - já passámos por algumas mudanças administrativas ao longo do tempo, que provavelmente continuarão a acontecer. Um antepassado que viveu numa determinada freguesia pode ter os seus registos arquivados noutro concelho, distrito ou até mesmo país por conta das alterações dos limites dessas divisões administrativas. E por razões que desconhecemos, às vezes os livros podem ir parar a um arquivo que pela lógica não deveriam estar lá guardados. Por exemplo, vários livros paroquiais antigos de freguesias do distrito de Beja, Guarda e Faro estão depositados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, desconhecendo-se não só a razão porque foram incorporados mas também a data em que isso aconteceu. 

  • Acesso e disponibilidade - Alguns registos estão a começar a ser disponibilizados online em bases de dados como o FamilySearch, enquanto que o acesso a outros registos requer pesquisa presencial em arquivos distritais, regionais, diocesanos, históricos, ou até mesmo o contacto com igrejas locais. Conhecer estas diferenças ajuda a planear melhor a pesquisa e maximizar a possibilidade de encontrar documentos relevantes.

Quanto mais informações tivermos sobre as fontes disponíveis e onde encontrá-las, teremos mais possibilidade de sucesso nas pesquisas pelos nossos antepassados. Que seja um bom ano de pesquisas e de tudo o resto!

Comentários

  1. R Muniz3/3/25

    Sou iniciante nesta jornada e gostei de ler. Acho que estou travado porque não me dei ao trabalho de pesquisar o que há e os outros pontos a considerar. Bem haja.

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