O "pesadelo" de qualquer pesquisador é não saber onde os seus ancestrais andaram e como consequência, não saber onde procurar os registos que nos contam a história desses antepassados. Mas existe uma solução. Há vários anos que já começaram vários projectos de indexação dos registos portugueses, e quando estes estiverem concluídos, a pesquisa será muito mais fácil.
Mas existem outros "tormentos", apesar de menores! Abrir um livro e encontrar folhas danificadas como nas imagens seguintes é, com certeza, motivo de tristeza.
A deterioração pode ter várias causas, tais como humidade, temperatura e até mesmo a composição do papel. A forma como a humidade e as alterações na temperatura danificam os registos podem parecer à primeira vista insignificantes. Mas, tudo o que precisamos de recordar é que os elementos que compõe o papel reagem às alterações de temperatura e humidade, contraíndo e alongando, contribuindo para uma estrutura cada vez menos firme. Além disso, propiciam a reprodução de uma grande variedade de organismos tais como: bactérias, fungos (deixando manchas de várias cores e graus de intensidade, que por vezes têm a aparência de pó) e insectos, acelerando a decomposição dos registos.
Os insectos, com os seus hábitos diferentes, conseguem causar grandes danos. Por exemplo, o caruncho deixa autênticas galerias nas lombadas e cantos. As traças são outro exemplo. Estas adoram papéis que contenham cola, são capazes de infiltrar-se nos espaços entre as folhas e desbastar capas feitas em couro, cabedais, pergaminho e tecidos, ou seja, matéria orgânica. Outro exemplo que também se alimenta de papel, cola e couro são as baratas. Mas os danos causados pelas baratas encontram-se mais na parte externa dos livros e nas margens. E claro, não se pode deixar de alistar os roedores, que apesar de não serem insectos, desbastam colecções.
A luz directa também tem os seus efeitos, causando alterações na estrutura do papel e na tinta, danificando de forma irreversível os documentos. Por exemplo, a degradação das fibras do papel causam a quebra e enfraquecimento das folhas, tornando-se extremamente frágeis. Além disso, pode ver-se em vários registos o desbotamento das tintas ou o escurecimento do papel, dificultando a leitura dos mesmos.
Um outro que eu não tinha considerado até agora é o pó. Já foram encontrados excrementos de insectos não visiveis a olho nú, junto com terra e fuligem no pó que cobre os registos e livros, em salas aparentemente fechadas há já muito tempo. Estas partículas mesmo sendo tão minúsculas causaram desgate.
Outros registos estiveram sujeitos a calamidades naturais tais como incêndios e inundações. O vandalismo, invasões e guerras são outros fatores que por vezes causaram a degradação ou destruição de registos em Portugal. Outros simplesmente desapareceram, alguns até "surrupiados" por mão alheia!
Mas existem outros "tormentos", apesar de menores! Abrir um livro e encontrar folhas danificadas como nas imagens seguintes é, com certeza, motivo de tristeza.
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| Freguesia de Argoncilhe, livro misto n.1 |
A deterioração pode ter várias causas, tais como humidade, temperatura e até mesmo a composição do papel. A forma como a humidade e as alterações na temperatura danificam os registos podem parecer à primeira vista insignificantes. Mas, tudo o que precisamos de recordar é que os elementos que compõe o papel reagem às alterações de temperatura e humidade, contraíndo e alongando, contribuindo para uma estrutura cada vez menos firme. Além disso, propiciam a reprodução de uma grande variedade de organismos tais como: bactérias, fungos (deixando manchas de várias cores e graus de intensidade, que por vezes têm a aparência de pó) e insectos, acelerando a decomposição dos registos.
Os insectos, com os seus hábitos diferentes, conseguem causar grandes danos. Por exemplo, o caruncho deixa autênticas galerias nas lombadas e cantos. As traças são outro exemplo. Estas adoram papéis que contenham cola, são capazes de infiltrar-se nos espaços entre as folhas e desbastar capas feitas em couro, cabedais, pergaminho e tecidos, ou seja, matéria orgânica. Outro exemplo que também se alimenta de papel, cola e couro são as baratas. Mas os danos causados pelas baratas encontram-se mais na parte externa dos livros e nas margens. E claro, não se pode deixar de alistar os roedores, que apesar de não serem insectos, desbastam colecções.
A luz directa também tem os seus efeitos, causando alterações na estrutura do papel e na tinta, danificando de forma irreversível os documentos. Por exemplo, a degradação das fibras do papel causam a quebra e enfraquecimento das folhas, tornando-se extremamente frágeis. Além disso, pode ver-se em vários registos o desbotamento das tintas ou o escurecimento do papel, dificultando a leitura dos mesmos.
Um outro que eu não tinha considerado até agora é o pó. Já foram encontrados excrementos de insectos não visiveis a olho nú, junto com terra e fuligem no pó que cobre os registos e livros, em salas aparentemente fechadas há já muito tempo. Estas partículas mesmo sendo tão minúsculas causaram desgate.
Outros registos estiveram sujeitos a calamidades naturais tais como incêndios e inundações. O vandalismo, invasões e guerras são outros fatores que por vezes causaram a degradação ou destruição de registos em Portugal. Outros simplesmente desapareceram, alguns até "surrupiados" por mão alheia!
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